RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O distúrbio temporomandibular é um termo genérico para condições que afetam a articulação temporomandibular, músculos de mastigação e/ou estruturas associadas. A etiologia multifatorial do distúrbio temporomandibular requer tratamento multidisciplinar. Como a dor constante é uma das características principais desta desordem, alguns pacientes limitam seus movimentos durante as atividades físicas como mecanismo de defesa para proteger contra a dor. O objetivo deste estudo foi determinar se a participação de indivíduos com distúrbio temporomandibular em terapia de dança está relacionada ao medo de praticar atividades físicas. METODOS: Foi realizado um estudo exploratório e quantitativo com uma amostra de 35 pacientes com dor crônica recrutada em uma clínica especializada no diagnóstico e tratamento de distúrbio temporomandibular. Os participantes foram alocados em dois grupos: grupo ativo (n=14) e grupo controle (n=21). A versão brasileira da Tampa Scale for Kinesiophobia foi usada para mensurar o medo do movimento. RESULTADOS: A idade média foi de 46,4 anos no grupo ativo e 42,9 anos no grupo controle. O escore médio de cinesiofobia (na escala de 17 a 68) foi de 39 no grupo ativo e 39,8 no grupo controle. CONCLUSÃO: Os resultados não demonstram diferença significativa em termos do grau de cinesiofobia entre indivíduos que concordaram e se recusaram a participar da atividade proposta (dança).

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Temporomandibular disorder is a generic term for conditions that affect the temporomandibular joint, mastication muscles and/or associated structures. The multifactor etiology of the temporomandibular disorder requires multidisciplinary treatment. As constant pain is one of the main characteristics of this disorder, some patients limit their movements during physical activities as a defense mechanism to protect against pain. The present study aimed to determine whether the participation of individuals with the temporomandibular disorder in dance therapy is related to the fear of practicing physical activities. METHODS: An exploratory, quantitative study was conducted with a sample of 35 patients with chronic pain recruited from a clinic specialized in the diagnosis and treatment of temporomandibular disorder. The participants were allocated to two groups: active group (n=14) and control group (n=21). The Brazilian version of the Tampa Scale for Kinesiophobia was used to measure the fear of movement. RESULTS: Mean age was 46.4 years in the active group and 42.9 years in the control group. The mean kinesiophobia score (on a scale of 17 to 68) was 39 in the active group and 39.8 in the control group. CONCLUSION: The present findings demonstrate no significant difference in terms of the degree of kinesiophobia between individuals who agreed and declined to participate in the proposed activity (dance).

OBJETIVO: Verificar as alterações do exame de eletronistagmografia (ENG) em pacientes com ataxia espinocerebelar (AEC) tipos 2 e 3. MÉTODO: 16 pacientes foram estudados, com a utilização dos seguintes procedimentos: anamnese, avaliação otorrinolaringológica e avaliação vestibular. RESULTADOS: As principais queixas encontradas na anamnese foram, desequilíbrio na marcha (93,75%), dificuldades da fala (43,75%), cefaleia (43,75%), tontura (37,50%) e disfagia (37,50%). No exame vestibular, o teste rotatório e o teste calórico apresentaram os maiores índices de anormalidades, respectivamente, 62,50% e 75%, com a predominância de distúrbio vestibular do tipo central em 68,75% dos casos. CONCLUSÃO: O exame vestibular pode ser um exame auxiliar na investigação das AECs, junto com a avaliação clínica precisa e, particularmente, com os testes de genética molecular.

OBJECTIVE: To describe the alterations observed in electronystagmography (ENG) of patients with spinocerebellar ataxia (SCA) types 2 and 3. METHOD: Sixteen patients were studied and the following procedures were carried out: anamnesis, otorhinolaryngological and vestibular evaluations. RESULTS: The clinical findings in the entire group of patients were: gait disturbances (93.75%), dysarthria (43.75%), headache (43.75%), dizziness (37.50%) and dysphagia (37.50%). In the vestibular exam, the rotatory (62.50%) and caloric (75%) tests were among those which presented the largest indexes of abnormalities; the presence of alterations in the exams was 87.50%, with a predominance of central vestibular disorders in 68.75% of the exams. CONCLUSION: Vestibular exams could be an auxiliary tool to investigate SCAs, besides a precise clinical approach and, particularly, molecular genetic tests.